PLANO DE NEGÓCIO – SUA EMPRESA PRECISA DE UM!

Entrepreneurship Monitor (GEM) de 2016 em parceria com o Sebrae, possuir um empreendimento próprio é o quarto maior desejo do brasileiro. A vontade de empreender é maior do que viajar para o exterior, ter um diploma de ensino superior e trabalhar no setor privado; e só fica atrás de viajar pelo Brasil, ter casa própria ou comprar um carro.

E como se tais dados já não fossem impressionantes, de acordo com uma pesquisa realizada em 2017 pela MindMiners, encomendada pelo PayPal, que fez um raio X do empreendedorismo no Brasil, dois terços dos brasileiros, ou seja, 66% da nossa população, pretende abrir a própria empresa para ter mais liberdade e autonomia.

Resumindo, o brasileiro quer empreender!

E isso é excelente, afinal, nosso país só vai ser desenvolver e subir de patamar em termos mundiais quando tivermos mais empresas fortes e com presença internacional. Um cenário cada vez mais empreendedor só tende a potencializar tal perspectiva. Contudo, temos que ter muito cuidado com uma questão muito importante na hora de se aventurar no mundo do empreendedorismo: O PLANEJAMENTO.

Já é praticamente de conhecimento popular o alto índice de mortalidade das empresas em nosso país. Foi constatado em 2017 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que em cinco anos após as empresas terem sido criadas, pouco mais de 60% delas fecharam as portas. Isso significa que, do total de 733,6 mil empresas que nasceram em 2010, 277,2 mil (37,8% do total) sobreviveram até 2015. São números impressionantes, que podem ser explicados por diversos fatores complexos, que podem ser abordados em momento oportuno, mas que invariavelmente tem como causa principal a falta de planejamento.

E caso você esteja se perguntando que tipo de planejamento faltou para essas empresas evitarem o fracasso, eu te respondo, faltou um planejamento inicial para analisar a viabilidade do empreendimento, faltou um PLANO DE NEGÓCIO.

O Plano de Negócio, portanto, é um estudo estratégico que vai fazer a minha empresa ter 100% de assertividade no mercado e me fazer ganhar muito dinheiro? Claro que NÃO!

No mundo dos negócios só temos uma certeza, não existem certezas, não existe fórmula de bolo para o sucesso empresarial. E isso significa que fazer um Plano de Negócio não irá fazer o seu negócio dar certo ou não, mas com certeza irá aumentar e muito as suas chances de fazer sua empresa entrar e se consolidar no mercado. Se todos os empreendedores que abriram seus respectivos negócios em 2005 tivessem feito um Plano de Negócio, em 2015 provavelmente mais da metade deles teriam conseguido sobreviver, ao invés dos meros 37,8% de sobreviventes.

Portanto, esse artigo visa evidenciar a importância de se planejar e avaliar bem a sua ideia de negócio antes de investir nela para valer. Além disso, iremos fornecer um modelo que acreditamos ser o ideal para você realizar o seu Plano de Negócio. Sim, existem várias maneiras de se fazer um Plano de Negócio, mas a metodologia que criamos mistura vários modelos já criados e, o mais importante, já foi colocada em prática e obteve grande êxito. Vai funcionar com todos? Novamente a reposta é não, mas acredite, vale a pena utilizar a metodologia da CGC Consultoria Empresarial.

METODOLOGIA CGC

1ª Parte – IDEAÇÃO:

Antes de qualquer coisa, o futuro empreendedor precisa pensar muito bem sobre sua ideia de negócio. Ter uma grande ideia é o processo mais fácil e divertido no mundo dos negócios. O problema sempre fica por conta da execução. Mas nesse ponto o ideal é que você sempre pense no problema que sua empresa irá resolver. As pessoas costumam sempre pensar primeiro na solução do problema, ou seja, o tipo de negócio que irá abrir. Porém, isso é um erro. Os empresários que pensam e entendem antes de qualquer coisa qual é o problema que a sua empresa está resolvendo, tendem a ter mais chances de sucesso. Isso se deve ao fato de que o mercado é dinâmico, as tecnologias estão se desenvolvendo cada vez mais rápido, e isso faz com que o mercado mude bastante ao longo dos anos. Portanto, a sua ideia de negócio, ou a sua solução, pode se tornar obsoleta daqui 5 anos, mas se você realmente entender o problema que você está resolvendo, você conseguirá adaptar o seu negócio juntamente com as mudanças de mercado.

Essa parte da metodologia é extraída do conceito de Design Thinking, que basicamente nos orienta a colocar o nosso cliente no centro das atenções, ou seja, devemos entender as dores (problema) de nossos clientes para poder vender os produtos e serviços que o ajudem a sanar essa dor que ele possui. E quando dizemos dor, pode ser a falta de tempo para controlar a gestão financeira de sua empresa ou a falta de diversidade de alimentos saudáveis na cidade do cliente. E para esses problemas poderíamos criar as respectivas soluções de desenvolver um sistema de gestão financeiro on-line de fácil manuseamento e um delivery de comidas saudáveis com um cardápio bem variado.

2ª Parte – CANVAS BUSINESS MODEL

Após ter identificado o problema e criado a solução para o mesmo, está na hora pensar na estrutura do negócio a ser criado. Sendo assim, o Canvas é uma excelente ferramenta para formatarmos uma ideia de negócio, visto que precisaremos planejar de maneira simples e objetiva os seguintes pontos:

• Oferta de valor – O que geramos de valor para o cliente
• Segmento de clientes – Quem são nossos clientes?
• Canais de distribuição – Como chegamos em nossos clientes?
• Estratégias de relacionamento com os clientes
• Fluxo de Receitas – Como ganhamos dinheiro?
• Recursos-chaves para o funcionamento da empresa
• Atividades-chaves para o funcionamento da empresa
• Parcerias-chaves para o sucesso da empresa
• Estrutura de custos

Juntando, portanto, essas 9 análises sobre o seu negócio, teremos a estrutura básica da empresa, a estrutura de como irá funcionar o futuro empreendimento.

3ª Parte – A Empresa

Nesse momento, com a estrutura do negócio já elaborada, é hora de começar a pensar no porte da empresa, se vale a pena começar como um MEI (Microempreendedor individual) ou já como uma ME (Micro Empresa). Pensar no nome da empresa, já pesquisando se o nome é passível de registro de marca ou ainda se existe um domínio válido com o mesmo nome para poder criar um site para empresa. Além disso, já é interessante começar a criar um esboço da logomarca também. Portanto, essa é uma fase que se inicia após a conclusão do Canvas, mas que pode terminar, e geralmente termina, após a conclusão de todas as outras partes que está por vir, visto que o processo para criação de nome/marca pode ser bem demorado, dependendo da criatividade de quem está executando o Plano de Negócio. Então, a questão principal é não ficar preso nessa parte do planejamento, e sim apenas começar a pensar nesses tópicos.

4ª Parte – Mercado

Para a sua ideia de negócio funcionar você precisa entender o mercado que está entrando. Simples assim. Se você não entende como funciona o campo de batalha, então melhor nem entrar na guerra. E esse entendimento de mercado passa por conhecimento de dados demográficos, analisar o tamanho de mercado, concorrentes, possíveis fornecedores, entre outros pontos que precisamos saber para entender a viabilidade do negócio.

5ª Parte – Plano Estratégico

Com os dados de mercado em mãos, está na hora de pensar o negócio de maneira estratégica, analisando as oportunidades e ameaças que o mercado irá nos proporcionar, os fatores críticos de sucesso, visão e missão da empresa, assim como traçar metas e planos de ações para alcançar tais objetivos.

6ª Parte – Plano de Promoção

Você está criando uma empresa nova ou reformulando seu atual modelo de negócio, então mais do que essencial é você já planejar como será a sua estratégia de comunicação no mercado. Nesse ponto aprofundamos sobre as estratégias de distribuição e relacionamento com os clientes colocadas no Canvas. É a criação de um plano de Marketing completo para os próximos meses da empresa.

7ª Parte – Análise Financeira

A última parte da nossa metodologia é a elaboração do planejamento financeiro. E por que deixar essa parte por último? Porque nesse momento já teremos pensado e repensado sobre a ideia de negócio inúmeras vezes, já teremos elaborado todo o planejamento para o funcionamento da empresa e, portanto, agora temos todas as informações necessárias para analisar se financeiramente tudo que foi pensando até aqui irá valer a pena.

De maneira simples e objetiva, essa é metodologia para criação de Plano de Negócio da CGC Consultoria Empresarial. Mas antes de terminar esse artigo, é relevante fazermos um último questionamento. O Plano de Negócio só serve para quem está começando um novo negócio? E adivinhem só, a resposta é mais uma vez NÃO. O Plano de negócio é uma ferramenta que pode ser utilizada também para reformular um negócio já existente ou até como uma estratégia para lapidar o modelo de negócio de uma empresa que já está há muito tempo no mercado. Ou seja, se você não fez um Plano de Negócio quando começou sua empresa, não tem problema, nunca é tarde para realizar esse tipo de planejamento. E a metodologia é a mesma, com a diferença que você já terá muito mais dados para trabalhar nas análises estratégicas da empresa

Mas lembre-se, mesmo sabendo como realizar o Plano de Negócio, é sempre recomendável procurar uma ajuda profissional para te orientar nessa empreitada e te conduzir da melhor maneira possível.