O que é uma startup?

Startup é um termo que vem ganhando cada vez mais força e fama no mundo empresarial e também no dia a dia das pessoas. Contudo, ao mesmo tempo em que o termo ganha notoriedade entre a população, mais pessoas passam a utilizá-lo de maneira errada, banalizando o real sentido do que realmente significa ser uma startup.

Sendo assim, este post tem o objetivo de esclarecer o que realmente é uma startup para aqueles que já ouviram falar do termo, e mostrar aos que ainda não conheciam essa palavra uma nova visão sobre o empreendedorismo.

Startup, portanto, como o nome já sugere é uma empresa que está começando suas operações (Start = iniciar), ao mesmo tempo que tem o objetivo de crescer de maneira rápida (Up = subir/para cima). Esse crescimento relacionado às startups possui um termo mais específico no mundo do empreendedorismo, que é o de escalabilidade. Escalabilidade é você conseguir escalar/replicar o seu modelo de negócio de maneira rápida e fácil, aumentando de forma expressiva seu número de clientes e seu faturamento no menor espaço de tempo possível.

E é por conta desse fator de crescimento rápido que muitas pessoas associam startups a empresas de tecnologias. O fato é que a maioria das startups realmente estão ligadas diretamente ao uso de tecnologias modernas e inovadoras. Contudo, o maior erro nesse sentido é classificar que startups são empresas em fase embrionárias exclusivamente voltadas ao setor tecnológico.

Eric Ries, um dos principais gurus da atualidade quando se trata de startup, classificou em seu livro, mundialmente famoso, Lean Startup (Startup Enxuta), o conceito do que realmente é uma startup. E no nosso modo de ver, esse é o melhor conceito já criado:

“Uma startup é uma instituição humana desenhada para criar um novo produto ou serviço em condições de extrema incerteza.”

Percebe-se, portanto, que para uma empresa ser considerada uma startup ela precisa estar voltada a desenvolver um tipo de produto ou serviço que seja inovador para sua região, ou seja, um modelo de negócio que ainda não foi muito testado por outras empresas e pelo mercado, e a execução e a operação da ideia depende de premissas ainda a serem validadas.

Entretanto, por mais que uma startup não seja uma empresa voltada exclusivamente para a criação de produtos ou serviços tecnológicos, é bem verdade que de uma forma ou outra elas irão utilizar das atuais tecnologias como redes sociais e plataformas on-line para conseguirem escalar o mais rápido possível.

Exemplificando toda essa questão, um(a) empresário(a) que está criando um e-commerce de roupas femininas ou um software padrão de gestão financeira, não pode dizer necessariamente que está criando uma startup. Visto que por mais que sejam empresas que utilizem da tecnologia para realizar as vendas on-line ou para criar o software, tais empresas já possuem um mercado consolidado e várias empresas similares espalhadas por aí. São tipos de negócios que sabemos que funcionam. Então se não houver nada de inovador dentro do próprio modelo de negócio, como uma nova maneira de interação com o cliente, uma funcionalidade inovadora, ou algo nesse sentido, será apenas mais uma empresa no mercado que está surgindo, e não necessariamente uma startup.

Por outro lado, um(a) empresário(a) que esteja criando um restaurante, onde cada cliente cozinha e serve o pedido escolhido para outro cliente, e assim vice e versa, já pode ser considerado uma startup. Mesmo com a estrutura do negócio não necessitando de nenhum tipo de tecnologia mais moderna para ser implementado. Isso porque essa ideia é um modelo de negócio diferente, inovador. Pois será que as pessoas teriam coragem de pagar para comer em um restaurante em que que o chefe de cozinha é uma pessoa amadora? Será que as pessoas iriam em um restaurante para cozinhar para uma pessoa desconhecida e ter a chance de serem julgadas de maneira negativa? Será que esse tipo de negócio possui público suficiente para dar lucro?

São dúvidas e questionamentos de mercado como essas que as startups precisam aprender a conviver e a validarem no início de suas jornadas, pois são modelos que ainda não foram testados por completo, por não existirem ainda ou por terem poucas empresas que adotam essa modelagem de negócio. Mas vocês podem se perguntar, como esse restaurante teria escalabilidade para realmente ser considerado uma startup? Simples, o restaurante poderia crescer em forma de franquias, impulsionando seu negócio através das redes sociais e marketing digital. Sendo assim, é um tipo de negócio que conseguimos escalar para outras cidades e regiões com facilidade.

Portanto, esperamos que tenha ficado claro o que é preponderante para classificarmos se uma empresa é uma startup ou não. E o mais importante, esperamos que você entenda que não é porque uma ideia é nova ou parece ser muito maluca inicialmente que ela não possa ser testada e validada pelo mercado com sucesso. Porém, é preciso ter uma metodologia bem definida e uma gestão bem feita para que tudo dê certo. E caso você tenha alguma ideia de startup ou de empresa e não sabe como colocar essa ideia em prática, a CGC Consultoria Empresarial estará a sua disposição para te auxiliar nessa jornada.